Música

Para além do meu gosto (claramente gay) sobre Musicais e Theatre Songs, o meu perfil musical não fica por aqui, acabando por o meu estado de espírito servir a uma panóplia de géneros musicais, digamos, numerosa!

De vez em quando postei uma ou outra música que vai fazendo parte dos meus vícios recorrentes, pensando que dessa forma teria a oportunidade de mostrar o que estava a sentir, como também dar a conhecer músicas ou artistas que poderiam não conhecer e quiçá, interessar-vos!

O meu primeiro vício foi Sofia Vitória a cantar ‘O Meu Amor’, numa versão bem portuguesa da ‘Ópera do Malandro’ de Chico Buarque. Estou a retomar este tópico, pois existe algo que me irrita solenemente – que tenho verificado ser um grande impulso para começar a escrever – sobre a música portuguesa. Aliás, não é sobre a música portuguesa, mas sim sobre a cultura referente à música portuguesa.

A verdade é que me deprime realmente a falta de apoio que existe ao talento. Ter uma oportunidade artística, neste caso, no mundo da música, é consideravelmente difícil. Para falar a verdade, todos sabemos que não é uma profissão fácil, seja em Portugal como noutro país. Mas como sou português, falo do que sei e detesto ver talento desperdiçado e cantores com uma capacidade brilhante na voz de fazer coisas espectaculares, se ao menos lhes fosse dada a oportunidade! O pior é que mesmo que exista algum incentivo ministerial sobre esta matéria, se não se tratar do Toni ou do Mickael, ninguém vai ver!!!!!!!!!!

É deprimente.

Tomando a Sofia Vitória como exemplo, esta cantora tem uma voz tão doce, tão melodiosa que impressiona. Tive a oportunidade de assistir a um (mini) concerto, num lugar sem graça, com meia dúzia de gatos pingados a assistir, enquanto outra meia dúzia só conversava e fazia barulho. Sinceramente, saí de lá desmoralizado com as condições disponíveis a uma artista como ela. Segundo tenho acompanhado no MySpace, lá tem conseguido fazer uns trabalhos a acompanhar Júlio Pereira, mas penso que merecia muito mais.

Outro exemplo e que me levou também a escrever este post, foi o engraçado grupo Flor de Lis que contra todas as expectativas foi representar Portugal no Festival da Eurovisão (a floribella era a preferida…). Mais uma vez tive a oportunidade de assistir a este grupo ao vivo e com um frio de rachar, três meninos foram lá de propósito assistir a um espectáculo sem saber bem o que esperar, pois só conhecíamos as músicas disponíveis no MySpace que são apenas 3! Infelizmente, o concerto, associado às Tunas de uma faculdade, as (muuuito) poucas pessoas que lá estavam, foram embora mal as bêbedas da tuna acabaram de (alegadamente) cantar, pois o público resumia-se aos familiares daquelas tristes. Não obstante e resistindo às adversidades, mantivemo-nos fiéis para assistir ao grupo actuar. E a surpresa foi muito boa! Presenteando-nos com uma presença de palco extraordinariamente dinâmica, Daniela Varela preencheu o espaço e deu tudo pela (mais uma vez) meia dúzia de gatos pingados que estava a assistir. Uma voz que me surpreendeu muito, da doce melodia de ‘Todas as Ruas do Amor’, vimos emergir uma cantora com ímpeto e força. Recordo uma música adaptada de um poema de Eugénio de Andrade que me deixou de queixo no chão. Não só pela voz, mas também pelos arranjos que todo o composto musical conseguiu construir.

Concluindo, foi com muito prazer que ao visitar o espaço deles tive a notícia de que sairá um Álbum em Março deste ano! Escusado será dizer que será muito esperado.

Ao menos isto, uma vez que os Donna Maria, o meu grupo de eleição e que me ofereceu um dos melhores concertos de sempre terminou, com a saída da vocalista Marisa Pinto L. Os músicos estão agora envolvidos no projecto SEDA (com covers de rock português dos anos 80), enquanto que de Marisa não se sabe nada. Desejo-lhes o melhor, mas penso que uns sem os outros não será a mesma coisa (que coisa irritante de parecer que estou num anúncio da Zon sempre que digo isto!!!)

Fiquem bem e boas músicas.