Percepções
Auto Retrato
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno:
Incapaz de assistir num são terreno,
Mais propenso ao furor do que à� ternura;
Bebendo em ní�veas mãos por taça escura
De zelos infernais letal veneno:
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades:
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saí�ram dele mesmo estas verdades
Num dia em que se achou mais pachorrento.
Bocage
Não é fácil criar na mente uma ideia de como somos! O reflexo no espelho, ou uma análise psicológica não substitui o que um olhar exterior capta sobre nós. A imagem exterior que temos de nós próprios é-nos por vezes tão alheia que nos leva a ter uma percepção diferente da real. Eu não estou a falar de conceitos como a estima ou o ego, mas simplesmente aquilo que os outros vêem, sentem quando olham para nós. A nossa figura, a nossa postura, jeitos, trejeitos, o tom da voz, do riso... A nossa primeira imagem - O que é que os outros vêem? E acima de tudo, até que ponto nos vemos como realmente somos?
À parte de todos os subconceitos de beleza e apelação que atraem a uns e a outros não, tentando restringir essa margem tão grande de subjectivismo e paralela à ideia de que não existem verdades absolutas, pergunto-me como seria afastar-me e ver aos olhos de outro alguém como é a minha imagem e o que transmito.
Well, just wondered...
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno:
Incapaz de assistir num são terreno,
Mais propenso ao furor do que à� ternura;
Bebendo em ní�veas mãos por taça escura
De zelos infernais letal veneno:
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades:
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saí�ram dele mesmo estas verdades
Num dia em que se achou mais pachorrento.
Bocage
Não é fácil criar na mente uma ideia de como somos! O reflexo no espelho, ou uma análise psicológica não substitui o que um olhar exterior capta sobre nós. A imagem exterior que temos de nós próprios é-nos por vezes tão alheia que nos leva a ter uma percepção diferente da real. Eu não estou a falar de conceitos como a estima ou o ego, mas simplesmente aquilo que os outros vêem, sentem quando olham para nós. A nossa figura, a nossa postura, jeitos, trejeitos, o tom da voz, do riso... A nossa primeira imagem - O que é que os outros vêem? E acima de tudo, até que ponto nos vemos como realmente somos?
À parte de todos os subconceitos de beleza e apelação que atraem a uns e a outros não, tentando restringir essa margem tão grande de subjectivismo e paralela à ideia de que não existem verdades absolutas, pergunto-me como seria afastar-me e ver aos olhos de outro alguém como é a minha imagem e o que transmito.
Well, just wondered...
2 Comments:
Quem se sabe se os outros não te acham piroso :P? Just kidding!
Interessa que estejamos bem conosco mesmos par que essa segurança possa ser transmitida e interretada pelos outros como o verdadeiro ser que somos...acho eu!
By L3ka, at 12:56 AM
Olha, piroso és tu!! :P
Eu concordo contigo que o mais importante é aquilo que sentimos e essa segurança transmite-se, mas o que me deixa curioso é a imagem em si... Bem, como disse, I was just wondering :P
By G., at 9:20 PM
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