Carpe Diem
Por vezes, parece-me, que as pessoas têm medo de deixar o quer que seja ao acaso. Existe uma tendência natural para controlar tudo, o que leva muitas vezes a esgotar todas as possibilidades, ocasiões, oportunidades num único instante pela impaciência de querer agarrar tudo de uma só vez.
Penso que a máxima “carpe diem” não nos está a dizer para vivermos a ritmo frenético e alucinante onde a nossa vida mais parece uma sequência de imagens de um filme passadas em fast forward, onde acabas por não conseguir perceber a história, não ouves o som e escapam-te imensas coisas. Viver – sim! – mas aproveitando e saboreando cada momento em vez de o devorar ansiando pelo próximo. É claro que a adrenalina faz falta, mas em termos genéricos, porque será que passamos mais tempo a olhar para o todo deixando escapar tantos pormenores?
Já experimentaste sentir o sabor e o toque da vida ao rir com vontade? Sabe tão bem conseguir tocar nos momentos, sentir o coração sorrir. É ou não verdade que o mais simples dos momentos pode fazer a maior das diferenças? E não só, pois até o mais simples dos gestos consegue fazer-te tocar em alguém e levar-te mais longe que ‘grandes’ actos. Aquilo que fazemos, o que dizemos importa, por vezes, como se de um toque muito ao de leve se tratasse, por outras, como se estivéssemos a abraçar alguém.
Uma vez tive oportunidade de comentar no post Abraços: “… algo que alguém diz, que encontramos escrito nalgum lado […] fazem todo o sentido e tocam-nos de uma maneira particular, não podendo o momento ser mais perfeito!” – Isto não acontece só com os outros, mas os nossos actos também se reflectem e afectam quem está à nossa volta. (Aproveito para dizer que entretanto respondi ao comment do Anonymous, mais uma vez, desculpa pela distracção).
Como a musica de Jamiroquai, “Don’t give hate a chance”. Sorri e a vida irá sorrir-te de volta e digo mais, irás também fazer alguém sorrir! :D
4 Comments:
Temos filósofo... :D Queres ser o Kant, o Sartre ou quem? :P
Este julga qué mais esperto cós outros :P
Muito bem,concordo com o que escreveste, mas muitas vezes certas 'velocidades' da vida das pessoas são condicionadas por acontecimentos que as põem mais 'aceleradas' ou mais 'apáticas'... e isso influencia muita coisa...
By L3ka, at 3:01 PM
Poixou!!! Poixou mais esperto cós outros!!!! Humpf!!
O nosso ritmo emocional não depende, naturalmente, apenas da nossa vontade, mas num panorama geral penso que a pedra de toque - alusão a um outro filósofo eheh - está naquilo a que te propões fazer/ser.
By G., at 4:03 PM
Apetece-me comentar.... mas fogem-me as palavras!
Não sei mesmo o que dizer, so sei que senti o que acabei de ler! como diz l3ka "Temos filósofo" lol
sendo a filosofia uma ciência geral dos principios e das causa e o filósofo o amigo do saber, porque nao afirmar, mesmo, que este Homem é um filósofo?
Em relaçao à vida, devemos encarala como um palhaço; que ama, sofre,chora, sorri, lamenta.... mas quando pinta a cara, é como uma metamorfose,transfigura-se e o mundo transforma-se.
e sao estes pequenos gestos, como os de um palhaço, que dao valor à vida.pois, até a mais longa caminhada é feita passo a passo;o mais belo livro do mundo foi escrito letra a letra; os milénios "constroem-se" ( melhor termo q arranjei) segundo a segundo;as grandes dunas formam-se de grão a grão de areia e até o maior oceano e formado por pequenas gotas de água!
porque é que nós não havemos de construir a nossa vida de momento a momento?
um grande abraço para ti
Peter
By Anônimo, at 5:50 PM
Peter,
Obrigado pelas visitas ao blog e pelo comentário! Finalmente alguém simpático... Humpf!!
Não me vejo como filósofo... Sempre idealizei os filósofos como pensadores e onde fica o lado mais activo da vida aí? Onde fica aquilo a que me proponho e faço?
Anyway, gostei muito da analogia metafórica ao Palhaço. Porque não também everedares pelas malhas de um blog?
Um grande abraço
By G., at 8:45 PM
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