Emotions' Spot

sábado, outubro 28, 2006

People

People...
People who need people,
Are the luckiest people in the world.

Assim cantava Barbra Streisand em Funny Girl. Este simples verso demonstra aquilo sobre o que, ultimamente, tenho reflectido. Aqueles que precisam de alguém são definitivamente os mais fortunatos. Saber que não somos perfeitos, saber que existem laços invisiveis que pudemos atar com o mais improvável, saber que o amor, a amizade nos completa enquanto seres humanos é, de longe, um mérito a louvar por quem alcança tal conhecimento.
Se pensarmos bem, o Ser Humano logo à partida nasce ligado por um cordão umbilical a uma pessoa. E passa toda a sua vida a estabelecer ou a tentar estabelecer ligações com os outros à sua volta para que não se sinta sozinho (salvo excepções, naturalmente). Mas o que eu pergunto neste ponto é: Por que motivo estabelecem as pessoas pontos de contacto com os demais se para não os manterem?
Uma vez ouvi num filme alguém dizer que existem pessoas estrelas e pessoas cometas; as primeiras estão sempre lá mesmo que não as vejas, enquanto que as segundas passam pela tua vida num instante e rapidamente desaparecem. Será que sobrevem em apenas alguns as relações como algo sinalagmático? Por essa ordem de ideias, o ímpeto que move as restantes não será nada mais que a colmatação da própria solidão.
A outra pessoa não é apenas um instrumento de ocupação utilizado sobre o livre arbítrio dos demais até surgir um novo interesse. Seja um novo namorado, seja um novo emprego, seja que motivo for, nada significa - aos meus olhos - o silêncio de alguém, a não ser a desconsideração por essa pessoa.
Existem(iram) pessoas assim na minha vida que por força de quaisquer circunstâncias foram levadas ao afastamento... Ora, se realmente gostamos de alguém e da sua amizade, não esperamos que ela apareça no messenger para falarmos com ela, não ficamos com vontade de falar com ela e não dizemos nada porque ela também não disse, não nos lembramos dela e mesmo assim algo nos impede de pegar no telemóvel e dizer um "Olá!". Entristece-me que isso, mesmo assim, aconteça. Mas a verdade é que, sofredor de vícios desta ordem espera que o mundo ande sempre atrás de si e eu não gosto de alimentar tais vícios.
A todos os meus amigos estrelas, a minha mais profunda e sincera amizade!!