Emotions' Spot

terça-feira, agosto 30, 2005

Apetece-me...

Apetece-me sair daqui… Apetece-me fugir a correr sentido o vento… Apetece-me voar e sentir o calor do sol… Apetece-me comer um gelado numa praia deserta… Apetece-me dar um mergulho no mar e ficar lá indefinidamente… Apetece-me fechar os olhos e escutar o silêncio… Apetece-me ouvir música em vez dos pensamentos… Apetece-me mergulhar num livro e viver a aventura lá escrita… Apetece-me ir a um penhasco bem alto e gritar… Apetece-me sorrir… Apetece-me conhecer todas as coisas boas de cada pessoa… Apetece-me flutuar nas nuvens… Apetece-me virar do avesso e mostrar a todos como sou… Apetece-me sentar-me numa rocha e ver um rio a passar… Apetece-me cair do céu num campo cheio de flores… Apetece-me ir à lua e ver a Terra pequenina… Apetece-me saltar de estrela em estrela soltando gargalhadas… Apetece-me ir brincar com o meu gato… Apetece-me ir dizer a todas as pessoas de quem gosto “adoro-te”… Apetece-me cantar bem alto no meio da rua… Apetece-me ver toda a gente feliz… Apetece-me viver cada segundo como se de um minuto se tratasse… Apetece-me acreditar… Apetece-me correr mundos e conhecer cada canto… Apetece-me morar numa casa pintada num quadro de Maluda… Apetece-me visitar uma paisagem de Monet… Apetece-me ouvir Cantatas de Bach ao luar… Apetece-me beber um sumo de frutos tropicais… Apetece-me ser Ghandi, Mata-Hari, Luther King e o Quebra-Nozes… Apetece-me saborear cada gota de chuva numa tempestade… Apetece-me sonhar…

sábado, agosto 27, 2005

Luminoso

Tenendo il sole nella mia mano

sexta-feira, agosto 26, 2005

A imagem de um sonho

Sentado na areia contemplou o mar. O seu olhar prendeu-se sobre o sublime traço, aquele espaço intemporal onde o céu encontra o mar. Nesse instante a pergunta surgiu. Afinal, o que é que seria que ele procurava? – Aquele pergunta cliché que nos fazem, que nos faz pensar… Já o cansava o mundo gay onde não se podia estar sem que alguém lançasse um piropo, não se podia conhecer alguém sem que o personificassem em sexo fácil ou o amor da sua vida, sem mais nem menos. Podíamos tornar as coisas tão mais fáceis – pensou. Esse pensamento traduzia uma filosofia em que os encontros fortuitos se rendiam à grandeza do amor e o conhecimento humano fomentava o nascimento e crescimento de relações duradouras de amizade e amor. No meio de uma teoria utópica em que se tem consciência que não podemos mudar o mundo, afinal o que ele procurava era apenas apaixonar-se. Nesse momento, pairava no ar a imagem de um sonho. Apenas ansiava encontrar alguém apaixonado, que procurasse a sua boca com um toque, que o conduzisse à praia com a vista vendada só para sentir a areia quente debaixo dos pés, que no meio da escuridão colasse o seu corpo ao dele e dançassem, que o acordasse a meio da noite ansioso para falar com ele pois não aguentaria outro minuto sem ouvir a sua voz. De repente abriu os olhos e já o sol se havia escondido para além do molhe. A beleza do momento fê-lo sorrir. E assim, com um sorriso, pegou nas coisas e continuou a caminhar junto ao mar, na direcção de um sonho…

quarta-feira, agosto 24, 2005

Próximo destino: Santa Cruz

Hoje de manhã resolvi fugir para o meu refúgio. Arrumei umas coisas, peguei no carro e fiz-me à estrada. São onze da manhã e está um trânsito infernal na Ponte (?) Tento relaxar e ponho o meu cd de Chill Out a tocar. Não faz efeito!!! Um pouco mais à frente reparei que alguém se tinha lembrado de bater! - Daí o trânsito – Apercebi-me. Mas o pior é o instinto voyeur dos portugueses que adoram assistir a estes cenários. Abrandam os carros, colam as caras aos vidros, procuram sangue e isso dá tema de conversa para o resto da viagem do centro comercial a casa!!! Grrrrrr… Ao entrar finalmente na auto-estrada consegui descontrair. Uma hora mais tarde cheguei a Santa Cruz. O primeiro destino seria naturalmente o meu habitual passeio à beira-mar, mas o cansaço venceu e aterrei no sofá... Adormeci.

domingo, agosto 21, 2005

Alone & Ups and Downs

Alone 3:30 PM Ontem encontrei o N. – o meu ex-namorado. Deu-me um abraço forte e disse-me ao ouvido “Que surpresa boa ver-te de novo” e logo de seguida… Aquele sorriso! Enfim, de certa forma foi bom ver que ficou aquele carinho. Mais tarde, sentado na cama senti-me sozinho. Chorei um pouco e deixei-me adormecer. Fica um poema que um dia escrevi: Para Ti Tu, que não existes… Ainda Tu, que eu amo, que amarei Tu, que irás fazer o meu olhar brilhar Tu, que farás o meu coração sorrir quando sorrires Para ti, que eu não conheço Para ti, por quem eu espero Para ti, quem eu preciso O meu amor deseja-te O seu ser anseia-te Na esperança de encontrar o tudo que seremos juntos E se a vida não te trouxer para junto de mim Que o vento te sussurre o amor que já sinto E destas linhas te sussurre: … Amo-te. Ups and Downs 09:38 PM A vida tem ups and downs, o meu estado de espírito também. Conhecer-me bem permite que esteja à vontade com os meus sentimentos, sejam de alegria ou tristeza, sem ter medo deles. Se sou capaz de me sentar e chorar um pouco é porque estou no meu melhor. Apesar de momentos assim, nada tira o meu bem-estar comigo mesmo. É meu é só meu, é meu até ao fim!! Sorriso :)

sexta-feira, agosto 19, 2005

Bad Day

Hoje foi o meu último dia no trabalho. Rescindi o contrato e vou-me dedicar por completo à faculdade. Estou determinado em acabar o curso por mais que me custe. No entanto, foi complicado sair de lá. Aprendi muito sobre ambições e falsidades, mas estão lá pessoas fantásticas de quem vou sentir muita falta. Quase chorei ao vir embora, os abraços eram fortes. Enquanto isso a minha cabeça lá andava às voltas. Falei com o meu melhor amigo e disse que eu era um puto e que tinha tantas barreiras que até enervava. O pior é que ele tem razão. Aquilo que sempre fiz impulsionado pelo meu espírito ultra-romântico fez com que me tornasse exactamente naquilo que eu mais temia: sozinho. O P. confrontou-me com uma grave questão: Ficarei para sempre à espera do Principe encantado montado no seu cavalo branco? Que merda de dia.

quinta-feira, agosto 18, 2005

Inventei-te

Sonhei, idealizei e aos poucos fui-te criando... Desenhei-te umas asas e consegui fazer com que voasses, mas não demasiado alto para evitar que elas não se queimem como as de Ícaro. Dei-te a adaptabilidade a cada momento por mais diferente que seja. Dei-te uma opinião, uma visão, um sentimento, um olhar, um jeito. Sempre foste a minha Utopia de Thomas Moore. E depois quando olho com atenção… Sou simplesmente eu. Às vezes certo, outras incerto. Um milhão de coisas num instante que levaria a um infinito de palavras para descrever cada momento, mas no fundo, sempre… Sempre… Apenas eu!

terça-feira, agosto 16, 2005

Coisas Simples

Na rua as pessoas correm embrulhadas… Num problema, numa ideia, num sentimento Num pensamento Num lugar distante que não aquele Na rua eu caminho… Vejo o céu e começo a voar Observo cada rosto e vivo a vida do seu proprietário Reparo nas flores e sinto o seu cheiro Ouço musica, ou conversas, escuto o silêncio O que aconteceu às coisas simples? Terão sido varridas pelo vento a meio da noite?... Terão fugido para uma terra do nunca onde ninguém as possa encontrar?... Ou terão simplesmente complicado?... Espaços. Uma eternidade de corredores vazios é o que se encontra entre as pessoas. Como se vivêssemos todos numa grande casa, cada um no seu quarto, com corredores enormes e vazios a dividi-los e as pessoas não se vêem, não se tocam, não se conhecem apesar de saberem os seus nomes.

Prefácio

E de repente deparamo-nos com uma página em branco para preencher...
Onde a criação afinal sou eu, surge este espaço onde vou depositar as minhas emoções e os meus sentidos. Não procures apenas no que está escrito aquilo que sou. As palavras são meras palavras e por detrás delas escondem-se num estado sublime os sentimentos, portanto, querendo evitar um monólogo sobre o que irás encontrar vou-te deixar procurar... Este é apenas, sem pretensões, um diário de emoções e sentidos.
Hoje, nas naturais malhas do 'ter' o Ser Humano ora aliciado pelo brilho, ora confundido pela miragem de paraísos irreais, ora desnorteado pela igualdade desigual, pelo tédio, pelo ídolo, pela moda, não tempo tempo para 'ser', não tem tempo nem tempos, nem memórias, aventuras, viagens... Aventurando-me pela minha própria Humanidade vou buscar, analisar, sentir cada pedaço de tudo.
Por entre realidades e sonhos convido-te à própria vida.