Emotions' Spot

quarta-feira, novembro 23, 2005

Sorrisos

Num mundo que às vezes consegue ser tão cinzento, é brilhante descobrir ‘pequenas’ coisas que nos fazem sorrir. Afinal, onde está o propósito das flores se não para podermos apreciar a sua beleza e sentir o seu cheiro? Naqueles dias de mau tempo já experimentaste saborear as gotas da chuva ou sentar a uma janela a observá-las no seu percurso ao longo do vidro? Ou então naquele dia em que acordaste tarde, apanhaste trânsito, esqueceste-te do telemóvel, já experimentaste observar as pessoas com aquele espírito mauzinho, tão crítico que todos temos um pouco, que te dá aquela vontade louca de rir e não podes porque estás sozinho? Se realmente todas essas coisas existem no nosso dia-a-dia, porque é que só de vez em quando é que as conseguimos ver? A diferença está no nosso interior. O mundo pode estar um caos, mas se existir paz dentro de nós tudo o resto parece sempre consideravelmente mais fácil e mais simples até. Nesses momentos experimenta relaxar, respirar fundo, soltar uma valente gargalhada por qualquer coisa parva e vais ver que o dia vai correr muito melhor.
Laugh Out Loud

segunda-feira, novembro 14, 2005

Abraços

“As coisas que não consegues abraçar não te fazem feliz” Aproveito desde já para apresentar as minhas mais sinceras desculpas à eloquente mente que escreveu esta frase pelo plágio não autorizado, mas o pedido de permissão não me era possível. Existem momentos na nossa vida – pelo menos para quem tem abertura de espírito suficiente para ouvir o que os outros dizem com mais afinco que pelo mero acto de usar o sentido auditivo – em que algo que alguém diz, que encontramos escrito nalgum lado (como foi o caso) fazem todo o sentido e tocam-nos de uma maneira particular, não podendo o momento ser mais perfeito! Nas relações que tenho com as pessoas sempre tive o cuidado de estar lá, sempre que é preciso e até quando não é. Preocupo-me. Respeito. Mas apercebo-me que não é uma prática muito comum hoje em dia. O distanciamento e a superficialidade das relações humanas de hoje assustam-me. A materialidade e/ou a futilidade do mundo e do dia-a-dia pode ser muito interessante e confesso, por vezes, até indispensável, mas lá diz o velho ditado popular que “nem tudo o que luz é ouro”. No final da história o que marca a diferença são os sentimentos e as ligações que estabelecemos uns com os outros… Aquele acto, aquele sorriso, aquela amizade, aquele amor. E a verdade é que quando pensas que tens um sentimento ou alguém mas não o consegues abraçar, então é porque não o tens e isso não te faz feliz. Por isso não fico agarrado a ilusões, mas àqueles abraços que consigo sentir. Obrigado.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Beatriz

Esta musica sempre significou muito para mim. Já não a ouvia há bastante tempo e no outro dia, não sei porquê, sonhei com ela. É uma musica muito ternurenta, sobretudo pelo modo como é cantada e foi orquestrada. Se tiverem oportunidade, procurem esta musica cantada pela Maria João, acompanhada pelo Mário Laginha. Eu recomendo...
Beatriz
Olha Será que ela é moça Será que ela é triste Será que é o contrário Será que é pintura O rosto da atriz Se ela dança no sétimo céu Se ela acredita que é outro país E se ela só decora o seu papel E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha Será que é de louça Será que é de éter Será que é loucura Será que é cenário A casa da atriz Se ela mora num arranha-céu E se as paredes são feitas de giz E se ela chora num quarto de hotel E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha Será que é uma estrela Será que é mentira Será que é comédia Será que é divina se ela uma dia despencar do céu E se os pagantes exigirem bis E se um arcanjo passar o chapéu E se eu pudesse entrar na sua vida
Edu Lobo, Chico Buarque. 1982