Sorrisos

Laugh Out Loud
“As coisas que não consegues abraçar não te fazem feliz”
Aproveito desde já para apresentar as minhas mais sinceras desculpas à eloquente mente que escreveu esta frase pelo plágio não autorizado, mas o pedido de permissão não me era possível.
Existem momentos na nossa vida – pelo menos para quem tem abertura de espírito suficiente para ouvir o que os outros dizem com mais afinco que pelo mero acto de usar o sentido auditivo – em que algo que alguém diz, que encontramos escrito nalgum lado (como foi o caso) fazem todo o sentido e tocam-nos de uma maneira particular, não podendo o momento ser mais perfeito!
Nas relações que tenho com as pessoas sempre tive o cuidado de estar lá, sempre que é preciso e até quando não é. Preocupo-me. Respeito. Mas apercebo-me que não é uma prática muito comum hoje em dia. O distanciamento e a superficialidade das relações humanas de hoje assustam-me. A materialidade e/ou a futilidade do mundo e do dia-a-dia pode ser muito interessante e confesso, por vezes, até indispensável, mas lá diz o velho ditado popular que “nem tudo o que luz é ouro”. No final da história o que marca a diferença são os sentimentos e as ligações que estabelecemos uns com os outros… Aquele acto, aquele sorriso, aquela amizade, aquele amor. E a verdade é que quando pensas que tens um sentimento ou alguém mas não o consegues abraçar, então é porque não o tens e isso não te faz feliz.
Por isso não fico agarrado a ilusões, mas àqueles abraços que consigo sentir.
Obrigado. |
Esta musica sempre significou muito para mim. Já não a ouvia há bastante tempo e no outro dia, não sei porquê, sonhei com ela. É uma musica muito ternurenta, sobretudo pelo modo como é cantada e foi orquestrada. Se tiverem oportunidade, procurem esta musica cantada pela Maria João, acompanhada pelo Mário Laginha. Eu recomendo...
Beatriz
Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
se ela uma dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida
Edu Lobo, Chico Buarque. 1982 |